Tudo isso é realmente fascinante. Como sabes, sou leitor de Ricoeur, que em MHE, toma partido por Aristóteles, para quem a memória "é do passado", contra quem diz que a memória é "uma província da imaginação". Mas também sou leitor de outros textos que vão mais para esse lado do que para aquele. Me - e te - pergunto sobre se há razões - lógicas ou bioquímicas e neurofisiológicas - para sustentar que a memória não é, mesmo, uma província da imaginação. Até porque, salvo melhor engano, acho que já me disseram que tanto a imaginação do futuro quanto a lembrança do passado ocorrem nas mesmas zonas cerebrais - mas, reitero, posso estar mal enganado. Abraço e bom domingo!
Acho que a memória é província da imaginação quando falamos de processos cognitivos; mas, quando falamos de processos sociais, são muito diferentes. Passamos por um longo processo de aprender a lembrar, o qual nos afasta da mera imaginação. De modo que, sim e não: a memória é e não é província da imaginação.
Tudo isso é realmente fascinante. Como sabes, sou leitor de Ricoeur, que em MHE, toma partido por Aristóteles, para quem a memória "é do passado", contra quem diz que a memória é "uma província da imaginação". Mas também sou leitor de outros textos que vão mais para esse lado do que para aquele. Me - e te - pergunto sobre se há razões - lógicas ou bioquímicas e neurofisiológicas - para sustentar que a memória não é, mesmo, uma província da imaginação. Até porque, salvo melhor engano, acho que já me disseram que tanto a imaginação do futuro quanto a lembrança do passado ocorrem nas mesmas zonas cerebrais - mas, reitero, posso estar mal enganado. Abraço e bom domingo!
Ótima pergunta.
Acho que a memória é província da imaginação quando falamos de processos cognitivos; mas, quando falamos de processos sociais, são muito diferentes. Passamos por um longo processo de aprender a lembrar, o qual nos afasta da mera imaginação. De modo que, sim e não: a memória é e não é província da imaginação.